31 de maio de 2009

Encerramento

Olá pessoal,

Infelizmente chegamos ao nosso último dia do 7º SENAED. Venho agradecer a participação de todos colaboradores e participantes do SENAED.

Juntos conseguimos provar que podemos realizar diversas atividades por meio da web, de maneira síncrona ou assíncrona, para isso disponibilizo alguns dados que o prof. João Mattar coordenador do 7º SENAED nos informou:

Durante os dias do 7º SENAED - 23/05 31/05/2009 - tivemos cerca 24.370 acesso na wiki, 4.600 paginas na web sobre e 1.721 inscritos, mas devemos ter superado esses números de inscritos, visto que algumas atividades não precisavam de inscrição como nosso blog sobre podcast.

Nós coordenadores e colaboradores do 7º SENAED, temos somente que agradecer a cada um dos participantes do evento pelo acesso, comentários, questionamentos e pela participação não só em nosso blog mas a todas as nossas atividades.

Foi uma experiência impar e tenho certeza que novas estarão por vir.

28 de maio de 2009

Relato de experiência

Olá pessoal,

Que tal ouvirmos mais um relato sobre uso das tecnologias na educação. Agora realizado pela profª Marli.


24 de maio de 2009

Palestra sobre Mídias na Educação

Olá pessoal,

Que tal parar tudo que você está fazendo para ouvir a palestra realizada pelo especialista em comunicação Leonardo Florêncio, que nos fala sobre as Mídias na Educação, bem como sua experiência com o desenvolvimento de conteúdo EaD.

Está é uma boa oportunidade para ver ampliar seu conhecimento e saber mais sobre esse assunto que vem passando por inúmeras mudanças a cada instante.


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22 de maio de 2009

Palestra sobre Uso do Podcast na Educação

Olá pessoal,

Depois de ter visto o vídeo tutorial sobre o podcast, que tal acessar o player ai em baixo e saber um pouco mais sobre o uso do podcast na educação a partir do relato do prof. Mayrton Bahia, que faz uso do podcast na educação.


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21 de maio de 2009

Criação do Projeto Rádio Web nas Escolas

Olá pessoal,

O que vocês acham de ligar o player ai embaixo e ouvir o relato sobre a experiência de um podcast existente no sertão nordestino em Afogados da Ingazeira-PE, idealizado pela prof.ª Livia Lima, denominado de Projeto Rádio Web nas Escolas.


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Quadro Digital

Você já ouviu falar em Quadro Digital ou interativo? Caso ainda não saiba o que é um quadro digital, que tal ouvir o depoimento do prof. Michel Goulart.


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Jogos Eletrônicos

Que tal saber um pouco mais sobre Jogos Eletrônicos, para isso contamos com a ajuda magnífica do prof. Michel.


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Experiência de Blog

Olá pessoal,

Que tal ouvir mais uma experiência sobre blog?

Aqui você conhecerá mais um blog utilizado para fins educacionais, agora contamos com a experiência do prof. Michel Goulart.


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19 de maio de 2009

PODCAST: É OU NÃO UM RÁDIO VIA INTERNET?

Estudos realizados apontam a necessidade de discutir esta visão, junto com algumas questões: o podcast seria um áudio mais sofisticado? Seria um facilitador de transmissão de conteúdo? Podcast e podcasting são conceitos diferentes ou não?
Em primeiro lugar, é preciso considerar que o podcast deve ser visto dentro de um processo acelerado de desenvolvimento tecnológico, em que o surgimento de novas mídias não anula as já existentes, mas as “remediam”, no conceito proposto por Bolter. Citado por Primo (2001; 02), Bolter diz que a remedição ocorre quando um novo meio toma emprestado características de um anterior, mas indo além da apropriação e gerando um novo impacto para a cultura. Seria essa a situação do podcast em relação ao rádio?
Diante dessas idéias, é importante estabelecer relações entre rádio e o podcast, pontuando diferenças.


Produção do Programa

Quanto à produção dos programas, o rádio conta com uma limitação quanto às distâncias a serem vencidas entre emissor e receptor. No caso do podcast, podem-se transcender maiores distâncias entre locutor e ouvinte, pois seus programas podem ser acessados de qualquer parte do mundo, bastando o usuário ter acesso à internet ou fazer uma assinatura para seu uso. Assim, recebe seus episódios automaticamente tão logo forem disponibilizados na web, através do sistema RSS , a partir de um software agregador; entre eles temos o itunes.
Desta forma, podemos considerar que o podcast acaba anulando as distâncias até então difíceis de serem superadas, sobrepujando a limitação do alcance auditivo que o rádio tradicional nos impõe.


Público-Alvo

Com relação ao público que ambas as tecnologias atingem, também acaba havendo uma diferença. Significa dizer que a programação disponibilizada pelo rádio é feita para atender a grande massa, possibilitando uma comunicação dirigida e definida no tempo e espaço, ou seja, a comunicação ocorre de forma particular entre ouvinte e locutor no tempo previsto da programação, já estabelecida pela emissora. Esta característica do rádio torna-o, segundo Primo (2005; p.12), “uma tecnologia 'push’, pelo fato de o conteúdo ser empurrado para a audiência”.
A programação do podcast, por sua vez, atinge um público reduzido, mas interconectado continuamente através da web, pois esta tecnologia permite que seus usuários troquem idéias, emitam opiniões acerca do assunto abordado a partir dos fóruns de discussão disponíveis nos episódios. Assim, apesar de seus usuários estarem restritos apenas aos programas que possuem acesso à internet, eles acabam comunicando-se entre si e difundindo os programas de podcast para toda a rede via web, atingindo todo o mundo que está conectado à rede.


Recepção

Quanto à recepção, o rádio possibilita a escuta linear de sua programação, com acesso pré-determinado a um conteúdo e horário já estabelecido pela emissora. Desta forma, o ouvinte está sempre sujeito à programação fixada pela rádio, significa que somente tem a possibilidade de escutar os programas disponíveis, sem poder escolher o horário mais conveniente para ouvir o seu favorito. Esta escuta linear a que nos referimos não dá ao ouvinte a possibilidade de alterar o fluxo do programa, cabendo-lhe a audiência receptora de um programa pré-elaborado (esse dado reforça a conceituação de uma tecnologia “push”).
No podcast, devido à sua disponibilização na Internet, o acesso à programação dá-se de forma não vinculada à produção da mesma, como já explicado acima, pois o podcaster grava seus episódios, edita-os e, posteriormente a este processo de produção, disponibiliza os programas na web para serem ouvidos, de acordo com a escolha de seus usuários. Assim, o podcast não possui uma sincronia entre produção, publicação e escuta. Contudo, esta dessincronia não se torna um problema, pois acaba gerando diferentes formas de recepção, ou seja, os usuários dos podcasts podem acessá-los em uma escuta linear da programação oferecida ou construir novas unidades, a partir de episódios escolhidos e recombinados. Essa possibilidade de “puxar” conteúdos caracteriza, segundo Primo (2005; p. 12), uma tecnologia “pull”. Com efeito, de acordo com esse autor, poderíamos considerar o podcast uma tecnologia híbrida (“push” e “pull” ao mesmo tempo).
A comunicação que essa ferramenta proporciona varia de acordo com a programação desenvolvida pelo podcaster, pois, além de o usuário escolher o episódio que deseja acessar, ainda pode interrompê-lo sempre que achar necessário e voltar a ouvi-lo quando quiser. Estima-se que o usuário utilize cerca de três horas de seu tempo para ouvir um ou mais podcasts por semana, e a grande maioria dos ouvintes procura tecer comentários sobre o assunto discutido no episódio escolhido.
Os sites nos quais os podcasts estão hospedados possibilitam fóruns de discussão, onde os usuários trocam idéias, debatem sobre o assunto abordado nos episódios, podendo ainda interferir na construção de um próximo episódio por meio de sugestões a partir das conversas que ocorrem nos fóruns.
Com relação à interatividade proporcionada a partir do uso do podcast, temos ainda a possibilidade de navegar na web através de links que ficam junto com os episódios. Por exemplo, um podcast sobre moda, referente ao lançamento da coleção primavera/verão, disponibiliza um link que leva o usuário para o site do SPFW - São Paulo Fashion Week. Desta forma, enquanto o ouvinte escuta o podcast, navega pelo site disponibilizado para obter mais informações acerca do assunto abordado.
A partir de suas possibilidades, o podcast, segundo Primo (2005; p. 15): “Extrapola a simples escuta, oferecendo imagens, além de capítulos e links para navegação no interior do programa na web. Quebra-se, assim, a linearidade da escuta e oferecem-se recursos hipertextuais e multimídia”.
Contrário à posição de que o podcast é rádio via internet, Medeiros (set/06), em seu artigo “Podcasting: Um Antípoda Radiofônico”, busca comprovar a disparidade de conceituação existente entre podcasting e rádio, colocando os dois conceitos em lados totalmente opostos para que não haja dúvidas quanto à sua antagonia. Isto ocorre devido a diferentes fatores, segundo o autor. Tais fatores são: (1) a forma de transmissão da programação, que no rádio é em fluxo e no podcasting é por demanda; (2) o desenvolvimento da programação que, no rádio segue uma linha de conteúdo previamente pensado, enquanto o podcasting realiza seus episódios de acordo com a sugestão de seus usuários; (3) também temos o modo de produção, que no podcasting é descentralizado e no rádio é centralizado, em geral vinculado a instituições.
Diante do que foi exposto, entendemos que o podcast não pode ser visto como apenas uma ferramenta de áudio, nem similar, nem oposta ao rádio, devendo ser considerado como uma mídia alternativa em si mesma.
Neste sentido, deve ser levado em conta neste trabalho, não só a ferramenta em si mesma, mas também o processo que a origina quanto o que ela própria desencadeia. Ao processo todo, nomearemos podcasting. Como assinala Primo (2005; p. 07), não podemos separar o processo de construção, recepção e interação desencadeadas:


Enfim não basta tratar da simples emissão. Os fenômenos de blogs e podcastings precisam ser observados para além da facilidade e da satisfação egóica de publicação. É preciso estudar a relação complexa das condições de recepção. E, além disso, investigar como esses atores interagem entre si e com a tecnologia que permite a virtualização do tempo e do espaço, que outrora imporia barreiras para tal intercâmbio.

Descobrindo o podcast



  • Caracterização

O podcast é uma programação de áudio, com diferentes tipos de registros (entrevista, palestra, exposição, aula) sobre os mais variados assuntos, disponibilizada na rede. Baixados da Internet por meio de download, através de um agregador no próprio site ou a partir de um cadastro do usuário, seus vários áudios podem ser ouvidos nos diversos aparelhos compatíveis aos de formato MP3. Suas principais vantagens são: gratuidade, facilidade de uso, portabilidade, disponibilidade e acessibilidade.

A palavra podcast é relativamente nova. Surgiu em 2004, quando foi divulgada, a 12/02/2004, pelo jornal britânico “The Guardian”, em um artigo sobre a facilidade de o usuário produzir seus próprios programas de rádio, utilizando um Ipod, um software de áudio e um blog para publicação desses programas. Segundo alguns podcasters[1], o vocábulo originou-se das palavras Broadcasting (radiodifusão) com Ipod (aparelho portátil que reproduz sons em MP3)[2] e tal tecnologia pode ser considerada uma evolução natural dos blogs[3] que, posteriormente, deram origem aos audioblogs. Se antes escreviam seus pensamentos, os blogueiros passaram a gravá-los e publicá-los através de arquivos em áudios. Foi Adam Curry[4], com suas modificações referentes aos formatos dos áudios, que alterou o processo de publicação dos audioblogs. Trata-se do primeiro passo para a criação do podcast, uma vez que os arquivos de áudio só eram ouvidos, anteriormente, no interior do blog.

  • Condições de Produção

O desenvolvimento da programação a ser nele veiculada fica a cargo do podcaster(s), que, em geral, é (são) responsável (eis) pela produção dos episódios, bem como, dos conteúdos que serão abordados. É importante que faça(m) uso de uma linguagem adequada para seu público alvo. Sua atuação prevê certa liberdade de expressão de idéias, o que, em muitos casos de emissoras de rádio, é inviável devido a algumas restrições impostas por elas. Ele(s) poderá (ão) abrir links, ou seja, janelas para assuntos e imagens de alguma forma correlatas ao tema do áudio. Os recursos utilizados para a realização dos programas são: o microfone, software específico para edição de áudio[5] e um computador com acesso a Internet. Depois de prontos, os episódios são disponibilizados na web para que seus usuários tenham acesso a seus conteúdos. Os programas são atualizados automaticamente em um software, chamado agregador[6], assim que os produtores disponibilizam novos programas. Através dos Feeds[7] que sinalizam para o computador a entrada de novos arquivos já disponíveis para download, possibilitando transferir os programas em MP3, automaticamente, para um Ipod[8].

Pelo fato de o podcast ter seus episódios produzidos de forma descentralizada, ou seja, em tempos diferentes de produção e publicação, ele apresenta uma característica específica e diferenciada dos outros meios de comunicação tecnológico, como a rádio web.

  • Condições de Recepção

Tão logo esteja concluído o processo de criação do podcast, automaticamente os programas ficam disponíveis na web para que seus usuários possam acessá-los. O ouvinte pode escolher se quer fazer o download do episódio e onde quer ouvi-lo - no próprio computador (tecnologia utilizada pela maioria dos usuários) ou em qualquer aparelho que reproduza mp3: mp3/mp4 players, IPod, smartphones, celulares, etc. Tendo feito o download dos episódios, estes podem ser ouvidos de forma linear ou não, também atendendo às possibilidades de tempo e lugar específicas de cada usuário. Assim, o podcast permite ao usuário o acesso direto às informações e conteúdos desejados, sem determinar horários definidos de uso das fontes de informação, dando ao ouvinte a possibilidade de montar sua própria programação ao escolher os episódios que deseja ouvir.

Nesse sentido, é viável considerar que existe uma dessincronia entre produção, transmissão, publicação e escuta no uso do podcast, entendido aqui como arquivo sonoro, método de distribuição de conteúdo digital pela Internet. Com o podcast, o usuário tem, ainda, a possibilidade de “navegar em áudio”, devido ao acesso a diferentes links, selecionados na formulação dos programas. Além disso, possibilita formas de interação entre usuário e podcaster, usuários entre si e usuários e web, por meio de fóruns de discussão e chat´s disponíveis no site em que cada programa é hospedado; em geral, acabam estando vinculados a um blog.

O fato de o podcast ser utilizado como programa de áudio disponível através da Internet, usado preferencialmente para escutas de música e divulgação jornalística, tem criado, no senso comum, a idéia de que é um rádio via internet.


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[1]Nome dado ao(s) produtor (es) do podcast

[2]Criado pela empresa Apple, não foi o primeiro aparelho deste molde, mas tornou-se o mais conhecido entre os adeptos desta tecnologia.

[3]Blog: página da internet que possibilita pessoas tornarem-se comentaristas sociais, podendo considerar que esses blogueiros (usuários de blog) sejam uma espécie de jornalista, podendo comunicar seus pensamentos através da web.

[4]VJ da MTV nos anos 80.

[5]Audiocity, wavepad, sounford, vegas, são alguns tipos de software

[6]Agregador ou Podcatcher: software utilizado para assinar e gerenciar assinaturas de podcast.

[7]O termo Feed vem do verbo em inglês “alimentar”. Importa em que o usuário interessado em um determinado site fará uma assinatura do mesmo e receberá automaticamente os áudios do podcast, sem que seja necessário visitar o site assinado.

[8]Ipod: refere-se a uma série de players de áudio digitais projetados e vendidos pela Apple Computer.